Quando tinha 18 anos achava que o mundo era grande demais, mas que deveria tentar entender tudo e todos, com certa dose de dúvida. Percorri por alguns meses diversas igrejas, templos, casas santas e outras que nem sei denominar. A busca era por algo que sabia que existia, mas não saberia como descrever suas facetas. Muitos foram os modelos, tipos, conceitos e estilos de se lidar com o oculto, aparentemente temido, mas com seu devido respeito.
Vejo que até hoje, depois de anos passados, o combate ainda é grande. Sempre achei que fosse Davi contra Golias, o claro contra o escuro, o pobre contra o rico, o proletariado contra o proprietário, a esquerda versus a direita, o bem contra o mal (,..) Que mal e que bem? Existe o mau e o bom nesses tempos? A briga é feia.
Creio que o combate entre os gigantes da mesma natureza é cada dia pior. Receio que muitos se percam na própria existência e ao decorrer do tempo sua essência não seja tão nítida. “As aparências enganam” ou “é tudo farinha do mesmo saco”. Se vivemos em uma vida de festas, então o baile de máscaras se torna perpétuo, deixando a verdadeira face oculta e esquecida pelo mundo afora. Que medo e vergonha.