Ainda fico esperando a voz grossa e de profundo saber entrar pelas manhãs no meu rádio. Um bom amigo que ao ouvir refletíamos calados… porém debatíamos em prosa única. Onde ontem ecoava e hoje se silencia… Lembro-me da última gravação em minha caixa postal de minha saudosa mamãe que perdeu-se nos arquivos da operadora de telefonia. Acredito piamente que foi umas das mensagens mais repetidas nos últimos tempos… após sua partida, aquele recado era reconfortante. E apenas dizia algo do tipo “Oi filho. Onde você está? Estou bem…bjos” Quero me recordar assim.
As vozes carregam uma energia que permeiam nossas memórias, em harmonia e tons, que todavia no presente não nos damos conta desse poder. Poder esse que jamais deveria se perder aos ventos e tempos.
Assim como Ricardo Boechat, jornalista renomado, e minha mãe Carmelita, a melhor bibliotecária do mundo, se foram inesperadamente, um sopro e um sorriso de vida podem passar rapidamente sem serem vistos.
Bons ventos para quem os sentem
Ps: Estou bem mamãe 😘