
Em um grupo de WhatsApp de empreendedores, logo após passar um ano de pandemia do Coronavírus, onde todos decorriam dias e dias sobre suas jornadas de sobrevivência, eis que leio algo peculiar. Em tom sério e decidido, o empreendedor bradou: “Desisto de ser o Batman! Agora serei o Robin. Aquele que apoia o protagonista. Não levo jeito para ser empreendedor, pois estou muito cansado de lutar sozinho. Podem me pedir ajuda, sou o plano B.”
Aquelas palavras mexeram profundamente com algumas pessoas. “Não desista!” “Seja forte e continue a lutar!” “Que é isso meu amigo! Você consegue!” Frases que ecoaram com mais peso, entre outras, ganhando aplausos pela posição do colega empreendedor e corajoso.
Sim. Podemos lutar e parar quando quisermos. Uns diriam que seria um passo para trás. Eu digo que é uma mudança de rota, onde em alguns caminhos você anda sozinho, em outros, em grupo. Tudo depende do seu momento de vida e mente.
Aceitar que algo não está indo bem, colocar uma vírgula ou até um ponto final, é uma maturidade compreendida por poucos.
Para muitos, naquele grupo de empreendedores, ouvir tais palavras valeu uma longa e sofrida reflexão. Qual seria um comportamento de uma pessoa de sucesso se não soubesse seus limites? Será que só existe um pódio com o primeiro lugar?
Quantas pessoas são vitoriosas por fazerem seu melhor possível e com isso são felizes?
Temos muitos “Robin” atuantes no mercado com grandes diferenças em suas sombras. Se acreditar, encontrará a luz dentro de cada um.
Por Henrique Braz Rossi
@henriquebrazrossi
Jornalista, publicitário, empreendedor, escritor, músico, escoteiro, esposo e pai de dois meninos.
Revisado por Diva Ferreira
divaferreira2011@gmail.com